sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

São todas as mesmas cores,
com os mesmos sabores;
mas olhar requer minuncia,
e eu não estou mais disposta a esperar enquanto você analisa.
Eu procuro singularidade, por isso não me encaixo nesses sabores.
O lúdico te fascina, e eu não tenho cor definida.

Meu painel não vem com estampa,
me remonto a cada dia,
mas o sem graça te encanta
e a sua maré nunca me alcança.

Isso esponta minhas asas.
No meio dessa minha textura se perde o que sempre foi plano,
e o plano vira significado sem sentido.
O meu contexto se desloca, nessa sua procura por novos sentidos
e a cada segundo é como se eu me perdesse nos seus conceitos;
conceitos que não me encaixo, nas minhas cores que não te agradam,
no seu senso crítico que me deixa pra segunda opinião.
Sou a criação incompleta, que você vive a deixar,
atrás de sabores iguais a todos os outros não originais.

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